top of page

2026 será o ano do Wood Frame no Brasil?

  • Foto do escritor: ABWF WIX contato.abwf@gmail.com
    ABWF WIX contato.abwf@gmail.com
  • 16 de dez.
  • 3 min de leitura
Tendências que devem acelerar a industrialização leve no país

Foto: Construtora Alea
Foto: Construtora Alea

2025 foi um excelente ano para o Wood Frame no Brasil. A consolidação da NBR 16936, o avanço das obras públicas, a adoção de modelos de financiamento compatíveis com industrialização e o fortalecimento institucional do setor criaram uma base inédita para o país.

Mas o que torna 2026 especialmente estratégico?


Pressão por produtividade e escassez de mão de obra

Relatórios internacionais mostram que a escassez de mão de obra é um fenômeno estrutural. Na Europa, mais de 70% das empresas relatam dificuldade de contratar profissionais qualificados.


No Brasil, a situação é semelhante. Segundo pesquisas recentes, a falta de mão de obra especializada já ultrapassa custos e juros como principal desafio das construtoras. O impacto é claro: obras mais longas, maior risco de atraso e produtividade limitada justamente nas regiões de maior demanda habitacional.


Os sistemas construtivos industrializados, incluindo o Wood Frame, traz respostas diretas a esse cenário ao:

·       reduzir dependência de equipes grandes;

·       aumentar previsibilidade de prazos;

·       concentrar etapas críticas em ambiente fabril;

·       qualificar o trabalho com foco técnico, não manual.


Financiamento mais favorável para sistemas industrializados

O novo modelo de crédito imobiliário anunciado em 2025 libera R$ 36,9 bilhões ao mercado, ampliando capacidade de financiamento para Habitação de Interesse Social.

Outro avanço decisivo é a adoção, pela Caixa, de modelos de pagamento compatíveis com construção off-site, permitindo liberação de recursos durante a fase fabril — e não apenas após execução em campo.


Esse alinhamento entre financiamento e industrialização corrige uma lacuna histórica no país: pela primeira vez, o capital acompanha o ritmo produtivo das tecnologias construtivas.


Obras públicas mais abertas à industrialização

A Lei 14.133/2021 estabelece diretrizes de desenvolvimento sustentável e gestão de riscos que favorecem sistemas industrializados. A inclusão de BIM como instrumento preferencial para obras públicas e a valorização de critérios de desempenho consolidam um ambiente técnico mais aderente ao Wood Frame.


Além disso, debates recentes sobre HIS, ampliação da Faixa 4 do MCMV e estímulo à rastreabilidade reforçam a busca por:

·       menor prazo,

·       qualidade mensurável,

·       redução de desperdício,

·       maior controle produtivo.


Diante da pressão por entrega de moradias e infraestrutura habitacional, sistemas rápidos, previsíveis e industriais ganham prioridade.


Sustentabilidade deixa de ser discurso e vira critério

A tendência global por materiais de menor impacto — como madeira proveniente de florestas plantadas — cresce continuamente. No Brasil, essa agenda ganha força regulatória:

·       políticas públicas começam a exigir menor carbono incorporado;

·       agentes financeiros estruturam linhas de crédito com critérios ambientais;

·       a COP30 reposiciona a construção civil como vetor essencial para redução de emissões.


O Wood Frame, baseado madeira com manejo sustentável, montagem a seco e baixíssimo desperdício, se alinha naturalmente a esse novo cenário.


A NBR 16936 redefiniu o patamar da construção industrializada

A publicação da norma trouxe segurança técnica, padronização e clareza para projetistas, construtoras e agentes financeiros. Ela cria a base para que o Wood Frame deixe de ser exceção e se torne um sistema amplamente adotado.


E o movimento segue: o próximo passo é a atualização para edificações de até cinco pavimentos, ampliando significativamente as possibilidades de aplicação — de habitação a empreendimentos comerciais e modelos híbridos.


Digitalização e modelos preditivos avançam

O BIM já é amplamente adotado em licitações e projetos públicos, mas seu uso integrado à industrialização ainda está se expandindo. Empresas que combinam digitalização com processos fabris têm apresentado ganhos expressivos em coordenação, redução de interferências, controle de qualidade, rastreabilidade, simulação de custos e prazos.


Com a maturação da IA aplicada à engenharia, 2026 deve marcar o início de uma adoção mais robusta de modelos preditivos no planejamento e execução de sistemas como o Wood Frame.


O que tudo isso significa para o Brasil?

As condições estruturais estão dadas:

✔ base normativa consolidada,

✔ financiamento ajustado à industrialização,

✔ demanda crescente por HIS e obras públicas,

✔ pressão por produtividade e menor prazo,

✔ urgência ambiental,

✔ cadeia de suprimentos em expansão,

✔ maior aceitação da construção a seco e off-site.


Se 2025 foi o ano da consolidação técnica e institucional, 2026 tende a ser o ano da escala.

O Wood Frame deixa de ser promessa e se torna política industrial viável — unindo empresas, governo, universidades, agentes financeiros e entidades representativas.


O papel da ABWF

Para sustentar esse avanço, a ABWF seguirá atuando em três eixos fundamentais:

Aprimoramento normativo, incluindo a ampliação para cinco pavimentos;

Produção e difusão técnica de alto nível, apoiando profissionais e instituições;

Articulação estratégica com governo, empresas, indústria e setor financeiro.


2026 será um ano decisivo para consolidar a industrialização leve no Brasil — e a ABWF continuará liderando essa agenda com rigor técnico, visão setorial e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Faça parte desta transformação: associe-se!

 
 
 
bottom of page